quarta-feira, 1 de junho de 2011

Mensagem

Investir esforços na formação e no desenvolvimento dos professores é compreender a dimensão social da sua tarefa.
Para a sobrevivência deste ameaçado Planeta precisamos, no mínimo, de bom senso para preservar o ar, as águas, a terra, as plantas… e os professores.
Este poderia ser incluído aos elementos que garantem o equilíbrio do nosso ecossistema. Porque ali, está presente o Homem. Homem que precisa ser humanizado.
Humanizado pela Educação, tarefa principal do professor.
Impregnado de intencionalidade, o fazer do professor é capaz de também fazer brotar o sujeito epistêmico, que poderá optar por valores, alterar rumos na vida, priorizar a ética e a estética nos seus comportamentos.
Ensinar ao homem, que, neste universo que ele explica está contido o homem, que pouco se entende. Viver melhor com todos ainda é uma ciência inexplorada.
Pensar nisto, permite lembrar da afirmação uma sofrida mulher africana, que desesperada diante do nada em que reduziram a sua auto-estima e a da sua comunidade, propôs-se a alfabetizar e ensinar crianças e jovens:
“A educação ensinou-me a amar novamente o ser humano”.
João Guimarães Rosa, em seu clássico: “Grande sertão, Veredas”, pelas palavras de sua figura literária Riobaldo, corrobora com esta mulher africana, escrevendo: “Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura…”.
Com esta reflexão, concluo que realizar este curso de mestrado teve o seu valor: Renovar em mim a certeza de que aprender e ensinar, é uma forma de ser feliz…

“A sociedade é a unidade suprema, e o indivíduo só chega às suas invenções ou construções intelectuais na medida em que é sede de interações coletivas, cujo nível e valor dependem naturalmente da sociedade em conjunto. O grande homem que parece lançar novas correntes é apenas um ponto de intersecção ou de síntese de idéias elaboradas por cooperação contínua (…) é por isto que a questão importante não consiste em pesar os méritos do indivíduo ou do grupo (problema análogo ao das relações de filiação entre o ovo e a galinha). A questão importante é distinguir a lógica, na reflexão solitária assim como na cooperação, e os erros ou insanidades, na opinião coletiva assim como na consciência individual”.

Jean Piaget

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